terça-feira, 13 de maio de 2008

Atividade alunos noturno 3 Ano EM

Sejam bem vindos!
Sinto-me bastante orgulhoso e gratificante pela visita de todos vocês ao nosso Blog.



Atenciosamente,

Prof. Ruy Reis

Agora, vamos as questões porém, sugiro que antes assista aos vídeos acima.
Acompanhe todas as informações do vídeo e em seguida responda sua atividade.

Obs. Antes de iniciar a atividade, abra o Word,( ou qualquer outro arquivo semelhante), selecione as questões, copie e cole. Logo abaixo das questões escreva "Respostas" e enumere-as de acordo com a ordem. Ao final da pesquisa, quando tudo estiver organizado, não esqueça de colocar seu "NOME, NÚMERO E SÉRIE". Depois selecione tudc, copie e vá até o Link COMENTÁRIOS que aparece logo abaixo das questões...click para abir e cole suas respostas. Aparecerá uma mensagem aguardando a minha aprovação, não se preocupe pois seu arquivo foi enviado com sucesso!

Vamos as questões.

1) - Podemos considerar que o assassinato do príncipe Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do império Austro-húngaro, foi a principal causa para o estopim da Primeira Guerra Mundial?Justifique.
2) - Observe o vídeo e relacione os países que formavam a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente.
3) - Qual era o objetivo da Alemanha invadir a Bélgica?
4) - Qual era a posição dos Belgas nesta Guerra?
5) - Inicialmente, qual era o papel dos EUA nesta guerra e porque eles entraram neste conflito?
6) - Qual foi o resultado deste conflito em termos de vidas humanas?
7) -O que estabelece o artigo 231 do Tratado de Versalhes? Clik no título "Atividade alunos noturno 3 ano EM ". no iníco desta página , que levará você até o Tratado de Vesalhes.
Agora vamos a Revolução Russa. Vá até os links indicados a sua direita e clik no último link "A Revolução Russa". Leia o texto e responda as questões abaixo.
8 ) - Qual era a situação da Russia antes da Revolução?
9) - Quais eram as três principais questões colocadas pela Revolução de Fevereiro de 1917?
10) -Quais os partidos que faziam parte do governo provisório?
11) -Quais eram os principais líderes dos Bolcheviques?
12) -O que significou a Revolução de Outubro?
13) -O que relatava o Artigo de Lênin "A Falência da Segunda internacional".
14) - Leia o texto abaixo e em seguida responda:
"Tanto o capitalismo quanto o socialismo cometeram grandes atentados ao meio ambiente e produziram a atual crise ambiental com suas externalidades perversas: destruição de ecossistemas,transfomação generalizada da natureza em recurso e excessiva exploração dela, geração de resíduos sólidos, descartes de efluentes e emissão de gases poluentes. Foi o que o economista Herman Daly denominou de Pé invisível(Homo sapiens) agindo coletivamente através de dois modos de produção (capitalismo e ocialismo) foi capaz de gerar uma crise ambiental de dimensões planetárias".
Sobre o texto acima, julgue as afirmações a seguir como verdadeiras ou falsas:
I -O socialismo por não priorizar uma economia de mercado e consumista, foi capaz de produzir uma relação mais harmônica com a natureza.
II-A sociedade capitalista foi capaz de promover uma crise ecológica mundial, graças a industrialização, assim como o socialismo soviético, que também desenvolveu industrias poluentes.
III-A crise ecológica está ligada a transformações muito recentes na história da humanidade.
São verdadeiras as proposições?
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I, II e III
e) Nenhuma.

Agradecimentos




Obrigado alunos do 2C.


Encerramos aqui nossa atividade do 1 bimestre, espero que a experiência tenha sido agradável para todos, pois para mim, foi muito gratificante a participação de todos. Este é o começo de uma nova jornada.


Atenciosamente,


rof. Ruy Reis

domingo, 4 de maio de 2008

Questões para análise de situação de aprendizagem, alunos do 2ºC EM, Manhã E.E Maria Petronila







Caros alunos, leiam os textos abaixo sobre os principais pensadores renascentistas e respondam as seguintes questões:
1- A foto ao lado está relacionada a qual característica do Renascimento ?
2- Relacione as principais obras dos pensadores renascentistas.
3 -O que defendia cada pensador em suas obras?
4- Qual a concepção de Maquiavel sobre "Ética Cristã"?
5 -Quanto a "natureza humana", qual a concepção de Maquiavel?
6- Qual a idéia de "Poder" defendida por Bodi?
7 -O que defendia Jackes Bossuet, na Assembléia Geral do clero francês em 1681-1682?
8 -Qual o argumento do estudioso Richard Tuck, sobre o LEVIATÃ, de Thomas Hobes?
9 -Leia o texto sobre Ética e Política e em seguida faça uma conclusão relatando as contribuições dos pensadores renascentistas para a época contemporânea, em relação a ética e a política.
Atenciosamente,
Prof. Ruy Reis
Obs. Comentários. Abra o Word e salve suas respostas. Em seguida, copie, abra o link "comentários" ( logo abaixo ), cole suas respostas identificado-se. (nome e número)
Boas Sorte.

NICOLAU MAQUIAVEL


Nicolau Maquiavel, em italiano Niccolò Machiavelli, (Florença, 3 de Maio de 1469 — Florença, 21 de Junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e de sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir de seu nome, significa esperteza, astúcia.

A obra de Maquiavel relaciona-se diretamente com o tempo no qual foi produzida. O método utilizado por ele rompe com a tradição Medieval ao fundamentar-se no empirismo e na análise dos fatos recorrendo a experiência histórica da Roma Antiga ganha por ele em seus estudos. Além disso, ele foi o primeiro a propor uma ética para a política diferente da ética religiosa, ou seja, o fim da política seria a manutenção do Estado.
O primeiro a se pronunciar sobre sua obra foi o cardeal inglês Reginald Pole, se dizendo horrorizado com a influência que ela teria sobre o Lorde Cromwell. Os jesuítas o acusaram de ser contra a Igreja e convenceram o Papa Paulo IV a colocá-lo no Index Librorum Prohibitorum em 1559. Na França, um huguenote chamado Innocent Gentillet escreveu uma obra na qual o acusou de ateísmo e, seus métodos, de causadores do Massacre da noite de São Bartolomeu. Esta obra foi muito difundida na Inglaterra, contribuindo para a visão apresentada no teatro do século XVI. Em geral seus críticos se basearam em O Príncipe, analisando a obra isoladamente das demais obras de Maquiavel e sem levar em conta o contexto no qual foi produzida.
Houve também aqueles que quiseram conciliar seu pensamento com a Igreja ou torná-lo um nacionalista; sem muito sucesso, pois manipulavam seu pensamento da mesma forma.[18] No presente, as análises feitas procuram levar em conta principalmente os Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio e sua A Arte da Guerra, contextualizando seus escritos e declarando que Maquiavel não inventou uma teoria política, apenas descreveu as práticas que viu refletindo sobre el Conselheiro de tiranos
Essa análise começou a difundir-se com a Reforma e a Contra-Reforma. Se até então suas obras eram ignoradas, a partir daí, o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra.
Essa interpretação está ligada também a visão de seus escritos como base teórica do absolutismo, ao lado de Thomas Hobbes e Bossuet, sem, no entanto, contemplar-se os Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio em que faz elogios à forma republicana de governo.
Foi muito difundida no século XVI e encontram-se aproximadamente 400 peças que citam Maquiavel, todas vinculando seu nome à maldade, a ardilosidade e a falta de escrúpulos. William Shakespeare, por exemplo, o coloca em uma fala de Ricardo, Duque de Gloucester na sua peça Henrique VI.

Conselheiro do povo
Uma segunda interpretação diz que ao escrever O Príncipe, Maquiavel tentava alertar o povo sobre os perigos da tirania, tendo entre seus adeptos, Baruch de Espinoza e Jean-Jacques Rousseau. Este último escreveu "(...) é o que Maquiavel fez ver com evidência. Fingindo dar lições aos reis, deu-as, e grandes, aos povos."[24] Foi defendida recentemente por estudiosos da obra dele como Garret Mattingly.
Há os que afirmam ser O Príncipe uma sátira dos costumes dos governantes ou que o autor não acreditaria no que escreveu, baseando esta afirmação na preferência que teria Maquiavel pela República como forma de governo. Contudo o autor também faz críticas a República.[25][26]

Nacionalista
No cenário da Europa do século XIX, durante as Guerras Napoleônicas, com a Alemanha e a Itália fragmentadas e com os nacionalismos internos surgindo, forma-se a visão de Maquiavel como um nacionalista exaltado, disposto a tudo pela união e defesa da Itália.
Hegel, Herder, Macaulay e Burd foram alguns de seus defensores,[27] certamente fundamentando sua interpretação no capítulo final de O Príncipe em que Maquiavel faz uma apaixonada defesa de uma Itália unificada, afirmando que um povo só pode ser feliz e próspero se estiver unido.

Pensamento

Busto de Maquiavel em Florença no Palazzo Vecchio.
Maquiavel não foi um pensador sistemático.Ele utiliza o empirismo para escrever através de um método indutivo e pensa em seus escritos como conselhos práticos, sendo além disso antiutópico e realista. A teoria não se separa da prática em Maquiavel. Os conceitos desenvolvidos por ele rompem com a tradição medieval teológica e também com a prática, comum durante o Renascimento, de propor Estados imaginários perfeitos, os quais os príncipes deveriam ter sempre em mente. A partir da observação da política de seu tempo e da comparação desta com a da Antiguidade vai formular o seu pensamente por acreditar na imutabilidade da natureza humana.
Virtù e fortuna
Os conceitos de virtù e fortuna são empregados várias vezes por Maquiavel em suas obras. Para ele, a virtù seria a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. A virtù seria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. Mas segundo o autor, em geral, os seres humanos tendem a manter a mesma conduta quando esta frutifica e assim acabam perdendo o poder quando a situação muda.
A idéia de fortuna em Maquiavel vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos. Não se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males e ela pode tanto levar alguém ao poder como tirá-lo de lá, embora não se manifeste apenas na política. Como sua vontade é desconhecida, não se pode afirmar que ela nunca lhe favorecerá.

História
Maquiavel escreve história mais como pensador político do que como historiador.Assim ele não se preocupa tanto com a referência precisa de afirmações contidas nas suas obras, ainda que tenha ido aos arquivos de Florença - prática incomum na época - e deixa transparecer nas suas obras históricas a defesa de algumas das suas ideias através da narração dos factos históricos. Ele também acredita que a história se repete, tornando a sua escrita útil como exemplo para que os homens, tentados a agir sempre da mesma maneira, evitassem cometer os mesmos erros.
Assim, enquanto alguns dos seus biógrafos atribuem-lhe os fundamentos da escrita moderna da história, outros admitem que ele não possuía uma visão crítica o suficiente para poder separar os factos históricos dos mitos e aceitou como verdade, por exemplo, a fundação mitológica de Roma,Outros, ainda, atribuem-lhe uma "concepção dogmática e ingénua da história".

Ética
A ética em Maquiavel se contrapõe a ética cristã herdada por ele da Idade Média. Para a ética cristã, as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. Com Maquiavel a finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica.
Reside aí um ponto de crítica ao pensamento maquiavélico, pois com essa justificativa, o Estado pode praticar todo tipo de violência, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má.

Natureza humana
Para ele, a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos quereriam obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. A natureza humana também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe um senso das mudanças históricas.
Como consequência acha inútil imaginar Estados utópicos, visto que nunca antes postos em prática e prefere pensar no real. Sem querer com isso dizer que os seres humanos ajam sempre de forma má, pois isso causaria o fim da sociedade, baseada em um acordo entre os cidadãos. Ele quer dizer que o governante não pode esperar o melhor dos homens ou que estes ajam segundo o que se espera deles

JEAN BODIN


Jean Bodin ( Angers, 1530- Laon, 1596) foi um jurista francês, membro do Parlamento de Paris e professor de Direito em Toulouse. Ele é considerado por muitos o pai da Ciência Política devido a sua teoria sobre soberania. Baseou-se nesta mesma teoria para afirmar a legitimação do poder do homem sobre a mulher e da monarquia sobre a gereontocracia.
Ele escreveu diversos livros, mas a Inquisição condenou a muitos deles porque o autor demonstrou simpatia pelas teorias calvinistas. Estes calvinistas, chamados Huguenotes na França, eram processados pela Igreja católica assim como outras seitas protestantes ou reformadores cristãos o eram em outros países católicos.
Seus livros dividiram opiniões: alguns escritores franceses os admiravam, enquanto Francis Hutchinson foi seu detrator, criticando sua metodologia. As obras escritas por Bodin faziam diversas alusões a julgamentos de bruxos e o procedimento que deveria ser seguido, dando-lhe a reputação de um homem sanguinário.

De la République
As idéias de Bodin retratam o que foi o Estado Absolutista no ancien régime de França: um Estado onde se considerava o poder do monarca como absoluto e de origem divina (teoria do "direito divino dos reis"); onde a propriedade privada era inviolável segundo os princípios do direito civil romano (jus), contando com forte apoio por parte da burguesia mercantil.
Jean Bodin foi o primeiro autor a dar ao tema da soberania um tratamento sistematizado, na sua obra Six Livres de la République (Os seis livros da República). Para ele, soberania é um poder perpétuo e ilimitado, ou melhor, um poder que tem como únicas limitações a lei divina e a lei natural. A soberania é, para ele, absoluta dentro dos limites estabelecidos por essas leis.
A idéia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de concentrar o poder totalmente nas mãos do governante; o poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente ao governante. Para esse autor, o poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súditos devem obediência ao seu soberano.
Bodin entende, ainda, que da obediência devida às leis natural e divina deriva uma terceira regra, pela qual o príncipe soberano é limitado pelos contratos que celebra, seja com seus súditos, seja com estrangeiros, e deve respeitar tais acordos.

La Démonomanie des Sorciers
Bodin recomendou tortura, até mesmo em casos de inválidos e crianças, para tentar confirmar a culpa de feitiçaria. Ele afirmou que nem mesmo uma bruxa poderia ser condenada erroneamente se os procedimentos corretos fossem seguidos, suspeita tida como suficiente para atormentar o acusado uma vez que rumores relativos à bruxaria quase sempre eram verdades.

JACKES BOSSUET


Biografia Jacques Bossuet
Jacques Benigne Bossuet foi um dos principais teóricos do absolutismo por direito divino, nasceu em uma família de magistrados em 1627, em Dijon, onde recebeu educação no colégio jesuíta. Por estar destinado à vida religiosa, recebeu tonsura (um corte especial de cabelo com um círculo raspado no alto posterior do crânio) aos 10 anos. Aos 15 foi para Paris onde estudou teologia no College de Navarre e presenciou os motins da Fronde, um levante de amotinados contra o absolutismo realEm 1652 foi ordenado padre e recebeu doutorado em teologia. Se pai obteve-lhe a indicação para cônego na Mogúncia (Metz) onde ficou popular como orador em controvérsia com os protestantes. Dividiu o tempo entre Metz e Paris até 1659 e a partir de 1660 raramente deixava a capital. Lá, pregou os sermões da quaresma em dois famosos conventos, o dos franciscanos mínimos e o dos carmelitas, e em 1662 foi chamado a pregar para Luís XIV. Ficaram famosos suas orações fúnebres, principalmente nos funerais Henrietta Maria of France, rainha da Inglaterra e de sua filha Henrietta Anne da Inglaterra, cunhada de Louis XIV, da princesa Anne de Gonzague, do chanceler Michel Le Tellier, e o do Grande Condé .Foi designado bispo de Condom (1669), no sudoeste da França, mas, escolhido para tutor do Delfim, o filho mais velho do rei, renunciou ao bispado e ingressou na corte, onde teve a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos e integrar-se na política. Eleito para a Academia Francesa, foi também nomeado conselheiro do rei. Foi designado bispo de Meaux em 1681, e deixou a corte; embora mantivesse amizade com o delfim e o rei, foi um bispo dedicado, pregando e ocupando-se de organizações de caridade, poucas vezes deixando sua diocese.Bossuet estava tão integrado ao absolutismo do reinado de Luís XIV que chegou ao extremo de definir como herético qualquer um que tivesse opinião própria. Foi o formulador da ideologia gaulesa ou galicana, que estabelecia certos direitos do rei contra o papa, uma questão que sempre fora polêmica. Temendo uma cisão dentro da igreja, entre os partidários do rei e os ultramontanistas (alusão a estar a sede da Igreja além dos Alpes), que consideravam os poderes do papa supremos e inatacáveis mesmo em solo francês. Promoveu uma assembléia geral do clero francês em 1681-1682 cujo documento final redigiu e na qual ficou definido que o papa era autoridade somente em matéria religiosa.Não podia deixar de se envolver também em outras questões igualmente contemporâneas como o jansenismo, a doutrina de que a salvação é uma graça concedida apenas a alguns, e o quietismo, uma forma de misticismo de contemplação passiva e abandono à presença divina, pregada pelo arcebispo de Cambrai, Francois Fenelon, condenado em Roma em 1699. Contra Fenelon escreveu Instruction sur les etats d'oraison (1697) e Relation sur le quietisme (1698). Também atacou violentamente o teatro francês como imoral no seu Maximes et reflexions sur la comedie (1694).Seu livro Política tirada das Santas Escrituras, 1708, valeu-lhe a reputação de teórico do absolutismo. Nessa obra ele desenvolve a doutrina do direito divino segundo a qual, qualquer governo formado legalmente expressa a vontade de Deus e é sagrado e qualquer rebelião contra ele é criminosa. Em contra partida, o soberano deve governar seus súditos como um pai, à imagem de Deus, sem se deixar afetar pelo poder. Escreveu também Exposição da Fé Católica, História das Variações das Igrejas Protestantes e "Discurso sobre a História universal. Bossuet faleceu em Paris em 12 de abril de 1704.

THOMAS HOBES


Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651).
Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.
De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros dessa sociedade devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política do Leviatã mantém no essencial as idéias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado).
Thomas Hobbes defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o monarca.
Sua filosofia política foi analisada pelo estudioso Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta, assim como os céticos e como René Descartes, que não podemos conhecer nada sobre o mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele. Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo.
Tuck dá peso considerável à segunda parte do Leviatã, que lida com espinhosas questões de religião, e especificamente da autoridade em assuntos da . Interpretando o livro de Hobbes no contexto da Guerra Civil Inglesa e perído subsequente, Tuck argumenta que o Leviatã destinava-se a permitir ao monarca exercer autoridade sobre assuntos de fé e doutrina, e que isso marca o apoio de Hobbes à política religiosa da república inglesa do pós-guerra.
Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Ele foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre filosofia primeira, deste último.

O que é Política



O que é política?
Este é um tema bastante difícil e profundo para ser tratado com rapidez. Vivemos hoje em um momento em que a política é questionada, pois, ela é sistematicamente confundida com as ações dos políticos profissionais, principalmente, pelos maus políticos.
O que é política? é o título de um livro contendo a idéia de política da pensadora e filosofa alemã Hannah Arendt. Na verdade são fragmentos de sua obra publicados postumamente. Hannah Arendt é considerada uma das maiores pensadoras desde século e seu trabalho sobre as Origens do Totalitarismo é considerado uma obra clássica e definitiva sobre o assunto. Além disso, é uma das maiores autoridades em relação ao estudo da política na Grécia e Roma antiga. Por isso, recomendamos a leitura desta autora. Alertamos que Hannah Arendt não é uma leitura fácil, mas é imprescindível para entendermos melhor o assunto.
Vejamos, então, como ela discute a questão:
Para Hannah Arendt "O sentido da política é a liberdade". Segundo ela, a idéia de política e de coisa pública surge pela primeira vez na polis grega considerada o berço da democracia. O conceito de política que conhecemos nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à idéia de liberdade que para o grego era a própria razão de viver.
Utilizando o conceito grego de política é que Arendt nos diz que "A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político. O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação desse no poder. Porém, Arendt, judia, que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, acreditava na ação do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável".
Vejamos o que diz Hannah Arendt: "A política, assim aprendemos, é algo como uma necessidade imperiosa para a vida humana e, na verdade, tanto para a vida do indivíduo maior para a sociedade. Como o homem não é autárquico, porém depende de outros em sua existência, precisa haver um provimento da vida relativo a todos, sem o qual não seria possível justamente o convívio. Tarefa e objetivo da política é a garantia da vida no sentido mais amplo" (grifo meu). Para ela, a tarefa da política esta diretamente relacionada com a grande aspiração do homem moderno: a busca da felicidade.
Não é fácil discutir a questão da política nos dias de hoje. Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser assencialmente político. Todas as nossa ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem conseqüências e somos responsáveis por nossa ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós.
Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrantes da cidade, pertencemos a um Estado e País, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar com voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor propostas, discursos e ações dos políticos que nos representam.
Não podemos confundir que política é simplesmente o ato de votar. Estamos fazendo política como tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando em uma mesa de bar ou quando estamos bebendo uma cerveijinha após uma "pelada" de futebol. Estamos fazendo política quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos indignamos ao vermos nossas crianças fora das escolas sendo massacradas nas ruas ou nas "Febens" da vida. Conhecemos o Estatuto da Criança e do Adolescente? ou o Código do Consumidor?, a nossa Constituição, nem pensar e grande demais. E que dizer das leis transito que estamos a todo momento desrespeitando?
A política está presente quotidianamente em nossa vidas: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado com de milhões de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores sem terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva que se somarmos constituem a maioria da população. Atitudes e omissões fazem parte de nossa ação política perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos.

Por Sérgio Vaz Alkmim

Prof. Ruy Reis.